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NÚCLEO DE ARTES CÊNICAS DO SESI-SP COMPLETA 30 ANOS DE ATIVIDADE GRATUITA E ININTERRUPTA

Programa pioneiro no país está espalhado em 21 unidades do SESI-SP em todo o Estado de São Paulo. Só no último ano, o NAC ofereceu 200 cursos livres para mais de 6 mil pessoas de todas as idades

 Por: Núcleo de Gestão de Conteúdo e Criação
18/09/201714:14- atualizado às 16:25 em 28/09/2017

O Núcleo de Artes Cênicas do SESI-SP (NAC) completa 30 anos de história de um programa pioneiro, voltado à formação integral do indivíduo por meio da arte. É caracterizado pelo mote educacional e cultural dos cursos livres de teatro não profissionalizantes, de iniciativa privada, completamente gratuito e de grande alcance. Só no último ano, foram registrados 6.653 atendimentos, com abrangência em 21 unidades em todo Estado de São Paulo.

“Nascido informalmente em 21 de fevereiro de 1987, no Centro de Atividades do SESI Osasco, o NAC consolidou-se ao valorizar as dimensões amadora e comunitária do ensino em arte. A meta não profissionalizante jamais implicou reduzir as ambições técnica, poética, formal, temática e disciplinar dos cidadãos participantes e comprometidos em suas jornadas de aprendizado”, comenta o presidente do SESI-SP, Paulo Skaf.

Das iniciativas do SESI-SP pelo teatro popular surgiu o NAC, que tem como foco a construção de sujeitos críticos e participativos, protagonistas de suas próprias vidas e, em segundo plano, a orientação daqueles que queiram se profissionalizar em artes cênicas. Neste percurso, teve seu início em 1987 e vem funcionando em escala comunitária, no âmbito das relações interpessoais.

Desde 2016, o NAC está sob coordenação da atriz, professora e pesquisadora Miriam Rinaldi. Para ela, o NAC é um programa que merece visibilidade e reconhecimento, ampliando ainda mais sua capilaridade e atraindo artistas-pedagogos e alunos que acreditem na transformação da sociedade a partir da arte.

Hoje em dia, compõem o NAC as unidades do SESI da capital: A.E. Carvalho, Catumbi (Belenzinho), Vila Leopoldina e Vila das Mercês; Grande São Paulo: Mauá, Osasco, Mogi das Cruzes e São Bernardo do Campo; litoral: Santos. Interior: Araraquara, Birigui, Campinas, Franca, Itapetininga, Marília, Piracicaba, Ribeirão Preto, Rio Claro, São José dos Campos, São José do Rio Preto e Sorocaba.

 

Os cursos do NAC

A expressão “núcleo” deriva do entendimento de que o trabalho em equipe é condição essencial dos processos criativos e formativos.

Voltado para todas as idades (de 8 a 90 anos), os cursos livres de introdução ao teatro são subdivididos em cursos semestrais (de 32 horas), curso Múltiplas Linguagens (pesquisa e criação de espetáculo adulto, de 220 horas) e oficinas (de 8 a 16 horas) oferecidas a partir do escopo cênico de técnicas e poéticas em corpo, voz, dramaturgia, desenho de luz, interfaces com a dança, a performance, o circo, a música, as formas animadas (bonecos e objetos) e produção cultural, entre outras ramificações.

Um dos grandes diferenciais do projeto é o encerramento do curso anual Múltiplas Linguagens, em que os alunos têm a oportunidade de criar um espetáculo original. No final do ano, durante o Encontro Cena Livre, as unidades do NAC trocam experiências, apresentando e discutindo o resultado de seus trabalhos. Os espetáculos são também abertos para o público em geral em pequenas temporadas.

 

O início da história

O NAC nasceu em 1987, na Divisão de Promoção Social (depois Divisão de Difusão Cultural), responsável na época pelo Teatro Popular do SESI (TPS), coordenado pelo pensador, diretor e crítico teatral Osmar Rodrigues Cruz e seu assessor, o diretor e professor de teatro Francisco Medeiros, até o início de 1990. A ideia inicial era que o programa atendesse crianças e adolescentes, filhos dos trabalhadores industriários, que não dispunham de atividade adequada para preencher o tempo ocioso, antes ou depois da escola.

Seguindo os mesmos ideais da democratização do teatro e do estímulo à formação de público, foram idealizados, em um primeiro momento, cursos livres matutinos e vespertinos.

Esse programa evoluiu, tendo Sônia Machado de Azevedo como coordenadora por 17 anos (entre 1992 e 2008), norteado pela ciência da pedagogia, num processo contínuo de avaliação e reavaliação de seus resultados. O professor, crítico de dança, ator e preparador corporal Acácio Vallim Júnior também colaborou para esta construção, entre 1992 e 1997.

A mediação com os orientadores entre 2008 e 2016, foi feita pelos analistas de atividades culturais Ronaldo Zaphase Maristela Teo, além de Álvaro Alves Filho, gerente de projetos culturais na sede do SESI-SP. 

As primeiras unidades do SESI-SP a instituir o NAC, em 1987, foram dos municípios de Osasco, Mauá, Santos, Santo André e Sorocaba, além dos bairros paulistanos de Vila Leopoldina e Cidade A.E. Carvalho.

 

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